31 de jul. de 2013

Espaço da Rô: Sobre quem serei.

Sobre quem serei


    Nunca imaginei o quão forte poderia ser seu impacto sobre minha vida. Há alguns dias venho tentando me manter intacta, isso é, não te ligar desesperadamente após algumas crises e até tenho conseguido te buscar com menos frequência em redes sociais. Porém esse esforço não impede minha mente de concentrar em você 99% dos meus pensamentos a cada dia, e também não impede meu corpo de sentir sua falta todos os dias no horário em que você deveria estar me buscando no trabalho. Ontem você não colaborou, e reapareceu me perguntando se eu estava bem. Não tem motivo para me perguntar, você já tem todas as respostas que precisa, você me conhece melhor do que ninguém, mesmo tão distante. Eu não pude responder, já que se assim fizesse me culparia o resto da semana por outra recaída. Após minha última tentativa de resolver nossa complicada situação, quando você deixou bem claro que algum tipo de contato comigo era a última coisa que você queria, eu finalmente decidi colocar em prática a minha busca por meu antigo eu: sem você.

               Então foi aí que comecei a entender realmente a frase mais marcante de um dos meus clipes favoritos: “eu não sei se você sabe quem você é, até perder quem você é”. A busca por minha essência pura têm sido mais difícil do que eu imaginava. Perdi cheiros, toques e prioridades no caminho. Me transformei em várias, quis ser forte e quis ser vulnerável. Quis fugir tantas vezes, que até perdi as contas. E em meus últimos esforços antes de te conhecer, consegui criar uma casca grossa para que ninguém conseguisse alcançar meu lado mais frágil – meus sentimentos. Pois até isso você conseguiu, de mansinho e sutilmente bagunçou tudo aquilo que eu levei anos e muitos tapas na cara para conseguir construir. Naquele tempo de paixões intermináveis, meu maior desejo era conseguir se tornar alguém que agia com a mente, e não com o coração. Eu tinha conseguido me tornar essa pessoa, e aliás, ser tão racional era o motivo da maioria de suas reclamações. Então eu me perdi até nisso, me perdi no que realmente queria ser. No que realmente valeria a pena. Na questão que mais me atormentou por tanto tempo: seguir a mente, ou o coração ?

                Eu sei o ideal, e o que pessoas experientes me sugeririam: encontrar um ponto de equilíbrio. Talvez esse ponto de equilíbrio ainda me custe anos de amadurecimento e aprendizagem, e eu realmente não posso perder tanto tempo para me encontrar. Preciso agora.

                Então talvez o mais sensato seja parar de me preocupar tanto com o que era, e começar a me preocupar com o que sou. Se minhas maiores dificuldades consistem em responder “quem sou eu”, pode ser que seja hora de começar a me recriar. Não há mal algum em querer recomeçar, o mal está em pensar que é tarde demais para isso.

                A trilha sonora é perfeita. Vou limpar a casa, pôr o lixo pra fora, juntar o que é importante e organizar nas prateleiras. Pegar os pedaços que ainda servem e formar algo novo, mais resistente. E a cada vez que isso acontece, as imperfeições vão desaparecendo e se tornando em menor número, pois na prática a gente aprende melhor que na teoria. I’m falling to pieces, i’m falling to pieces…

Roberta é a mais nova colaboradora aqui no blog, a nossa futura jornalista que adora doces, ela tem um blog super novinho, vá até lá e aproveite os textos dela aqui. Para saber mais sobre a Rô clique aqui pois ela deixou um recardo para você!

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